Três mortos e 27 feridos em manifestações em Nampula

por Lusa
A violência em Moçambique não para Luísa Nhantumbo - Lusa

O Hospital Central de Nampula (HCN), o maior do norte de Moçambique, confirmou três mortos e 27 feridos, entre graves e ligeiros, nas manifestações, na quarta-feira, de contestação dos resultados eleitorais.

"Três pacientes morreram, dois dos quais morreram na nossa instituição porque apresentaram lesões graves e em estado crítico, um dos três entrou na nossa unidade sanitária sem vida. Foram trinta [pacientes] e apareciam em grupos, cada um na sua situação", disse à imprensa o porta-voz do HCN, Hermenegildo Mulenga.

Segundo o representante, alguns dos pacientes atendidos já tiveram alta hospitalar.

"Nós observámos e a alguns dos pacientes demos altas a nível do banco de socorro. Boa parte dos pacientes nós encaminhámos para o serviço de traumatologia e eles lá internaram alguns e deram alta a outros", disse o porta-voz.

Hermenegildo Mulenga explicou ainda que as entradas exigiram o reforço da equipa de saúde para o atendimento dos feridos.

"Dois pacientes apresentaram lesões graves e precisaram ser internados nos cuidados intensivos (...) Nós tivemos que reforçar a equipa para dar conta da situação", concluiu.

Dados da Plataforma Eleitoral Decide, organização não-governamental (ONG) moçambicana que monitoriza os processos eleitorais, apontam igualmente para três mortos nestas manifestações pós-eleitorais de quarta-feira até à tarde de quinta-feira, todas em Nampula, mas acrescentam dez casos de pessoas baleadas, nomeadamente quatro em Nampula, três em Maputo e outras três em Inhambane.

O candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou na terça-feira à população moçambicana para, durante três dias, até hoje, abandonar os carros a partir das 08:00 nas ruas, com cartazes de contestação eleitoral, até regressarem do trabalho.

 

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